Educação integral e educação em tempo integral: quais são as diferenças?
Por mais que a educação integral ganhe cada vez mais espaço entre educadores e desperte o interesse de pais que desejam que os filhos tenham um desenvolvimento completo, o termo ainda gera muitas dúvidas.
Afinal, embora esta concepção seja atrativa, ainda é rodeada por questionamentos, principalmente pela discrepância que existe entre o conceito e sua prática que, muitas vezes, é confundida com o ensino em tempo integral.
Acontece que a educação integral é comumente associada ao tempo que o aluno passa na escola. No entanto, o fato de passar mais horas no ambiente escolar não significa, necessariamente, que ele está tendo, de fato, um ensino integral.
Pensando em ajudar a esclarecer esses pontos, neste artigo, apresentaremos as principais diferenças entre os modelos. Continue a leitura para sanar as suas dúvidas para escolher a melhor opção para os seus filhos. Acompanhe a seguir.
O que é a educação integral?
Para a educação ser integral, ela vai muito além de permanecer mais horas na escola. Essa proposta de ensino tem como objetivo oferecer aulas, atividades, conteúdos e ambientes que favoreçam o pleno desenvolvimento do aluno — cultural, intelectual, físico e social.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a premissa da educação integral é a formação e o desenvolvimento global do aluno durante a Educação Básica. Ou seja, independentemente da duração da jornada escolar, o termo refere-se a um ensino que promova uma formação mais completa e sintonizada com as necessidades dos estudantes e que seja compatível com os desafios enfrentados pela sociedade contemporânea.
Dessa forma, podemos concluir que, diferentemente do que ocorre no modelo mais tradicional de ensino, a educação integral objetiva conciliar os conteúdos didáticos com outros aspectos da vida do aluno, integrando as distintas áreas de conhecimento.
Isso torna esse tipo de formação mais atrativa e completa, ajudando no desenvolvimento de habilidades, como a autonomia e o convívio social, por exemplo.
Quais são os princípios da educação integral?
Para tornar esse conceito mais claro, a seguir, conheça os seus princípios e objetivos.
Centralidade do estudante
Na educação integral, o aluno é o centro do planejamento educativo. Isso deve ser refletido na definição do currículo, das atividades e, até mesmo, dos locais de aprendizado, para que sejam compatíveis com os interesses e singularidades do estudante.
Esta proposta está alinhada com as demandas do século XXI, já que estimula o protagonismo do aluno, objetivando a formação de pessoas críticas, autônomas e capazes de gerar transformações significativas no mundo.
Aprendizagem permanente
A escola deve ajudar o aluno a aprender a aprender — que vai muito além da retenção de informações. Para isso, é preciso promover a interação permanente entre o que é ensinado e o que é aprendido, entre teoria e prática.
Assim, o desenvolvimento pleno é a base da educação integral. E, ainda, essa proposta educativa é sustentável, pois integra o conteúdo acadêmico com o contexto e saberes dos estudantes.
Perspectiva inclusiva
A educação integral reconhece a diversidade e a singularidade das pessoas.
Por isso, ela vai além do respeito e oferece um ambiente em que todos podem se expressar, integrando as diferenças para transformar a prática educadora.
Gestão democrática
A educação oferecida de forma integral valoriza o direito de aprender e o desejo de que a educação esteja alinhada aos interesses e necessidades dos estudantes.
Para garantir que esse discurso saia do papel e seja efetivamente colocado em prática, é preciso assegurar a democratização do processo, permitindo que os alunos, pais e educadores participem do planejamento e desenvolvimento do processo educativo.
Afinal, qual é a diferença entre a educação integral e a educação em tempo integral?
O fato de os dois termos serem parecidos realmente pode gerar confusão. Mas é importante entender que a educação integral nem sempre ocorre em tempo integral.
A educação em tempo integral diz respeito a escolas que oferecem uma jornada quantitativa de processos de aprendizagem. Os alunos passam mais tempo na escola (de 7 a 9 horas), e participam de cursos complementares.
Entretanto, isso não significa, necessariamente, que as escolas ofereçam esse modelo de educação, já que o tempo a mais não está relacionado com o desenvolvimento pleno, que considera as necessidades e potenciais específicos do estudante.
A educação integral se mostra como uma alternativa muito eficiente para o desenvolvimento de habilidades fundamentais para o presente e o futuro do aluno, como a autonomia, o pensamento crítico, o protagonismo e a boa comunicação.
Além do mais, essa modalidade proporciona aos alunos mais tempo para a cultura, lazer, prática de exercícios físicos e diversas outras atividades que contribuem para a melhora do rendimento escolar e o desenvolvimento de competências que servirão para a vida toda.
Se você se interessou por essa proposta, saiba que o Colégio Dona Clara oferece uma educação integral e de qualidade, disponibilizando uma série de projetos extracurriculares que favorecem a formação plena e humanista, e enriquecem o desenvolvimento das competências do aluno.
Para saber quais são os benefícios da educação integral oferecida pelo Dona Clara, confira este outro artigo: “9 Benefícios que só os nossos alunos têm”.