Pais e adolescentes: 5 dicas para manter um bom relacionamento
Pais e adolescentes enfrentam desafios importantes conforme os jovens crescem e passam por diversas transformações físicas, psicológicas, comportamentais e emocionais.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência é dividida em três etapas: pré-adolescência (dos 10 aos 14 anos); adolescência (dos 15 aos 19 anos completos) e juventude (dos 15 aos 24 anos). Por esse motivo, essa é reconhecida como uma fase de transição da infância para a idade adulta.
É nesta fase, portanto, que os adolescentes costumam apresentar insegurança, ansiedade, irritabilidade e agressividade, por vezes, desencadeados em virtude de ambientes punitivos e que não propiciam a adequação comportamental necessária para a formação do indivíduo.
Nesse caso, a comunicação e o bom relacionamento entre pais e adolescentes surge como um importante aliado para garantir um diálogo aberto, em que há empatia e entendimento mútuo, de modo que os adultos forneçam um suporte emocional relevante para apoiar os jovens nesse período novo e repleto de desafios.
Como é comum surgir dúvidas e dificuldades durante esse processo, separamos cinco dicas para ajudar a orientar os pais ou responsáveis a lidarem melhor com o período da adolescência e a manterem um bom relacionamento com os filhos. Acompanhe a seguir!
1. Tenha o diálogo como pilar da relação entre pais e adolescentes
A conversa é a melhor ferramenta para se conectar e construir um vínculo com os filhos. É claro que muitos adolescentes costumam se fechar durante esta fase da vida, mas é importante que os pais encontrem abordagens diferentes para romper os bloqueios e consigam manter um diálogo pautado na sinceridade e transparência, em que ambos tenham liberdade para falar e ouvir.
Ainda assim, é preciso entender que para que a comunicação flua de forma natural e efetivamente funcione, os pais não devem forçar a conversa ou tratar os adolescentes como crianças. Atitudes como essas costumam prejudicar a relação e, em muitos casos, pode afastá-los do convívio familiar.
2. Compartilhe interesses em comum
Uma dica importante e que pode ser um diferencial para aproximar pais e adolescentes e, assim, garantir mais tempo de qualidade juntos, é compartilhar os mesmos interesses. Para isso, é necessário conhecer os gostos individuais de seus filhos, seja sobre leitura, comida, música, filmes, disciplinas na escola, esportes, etc.
Dessa forma, é possível pensar em atividades que unam vocês e estimulem o bom relacionamento, além de esse ser um meio de entrar no mundo dos jovens e acompanhar se o que eles estão consumindo (enquanto produtos e conteúdos) está sendo saudável para o seu crescimento pessoal.
3. Estimule a autonomia dos adolescentes
Esta é uma arma poderosa para ajudar a prepará-los para o mundo adulto. Como líderes do ambiente familiar, os pais podem permitir que os adolescentes assumam algumas responsabilidades, aprendendo a conduzir determinadas tarefas de forma independente e com comprometimento.
Isso é importante para que seu/sua filho(a) desenvolva autoeficácia e sinta que os pais têm confiança de que ele ou ela pode realizar as tarefas combinadas.
4. Mantenha contato com a escola
A escola é uma importante parceira da família neste processo de transição. É nela que os adolescentes costumam passar grande parte do seu dia. Por isso, a escola também tem um papel decisivo na construção da personalidade do indivíduo e da sua formação integral.
No relacionamento entre pais e adolescentes, a escola ajuda os adultos a acompanharem o comportamento dos filhos e realizarem intervenções, caso necessário. Outro ponto interessante é que a equipe pedagógica está sempre atenta às atitudes dos adolescentes, realizando mapeamentos constantes e contribuindo para o seu desenvolvimento. Assim, pais e responsáveis sempre são informados quando algum problema é identificado.
Além disso, a participação dos pais no ambiente escolar é imprescindível para o entendimento integral das necessidades dos filhos. Para isso, é fundamental participar das reuniões e manter contato frequente com professores e colaboradores, de modo a acompanhar o rendimento dos adolescentes em sala de aula e o comportamento com os colegas.
5. Atente-se às suas atitudes
Os pais são seres humanos, portanto, também erram. Entretanto, algumas atitudes podem acabar prejudicando o relacionamento entre pais e adolescentes ao invés de ajudar.
Assim, identificar essas condutas e evitar colocá-las em prática pode garantir um convívio mais tranquilo e saudável para ambos. Entre elas, podemos citar:
- ● Não entender que os filhos crescem e continuar tratando-os como crianças;
- ● Minimizar seus sentimentos e fazê-los pensar que estão sempre errados;
- ● Fazer chantagens para atingir algum objetivo;
- ● Ameaçá-los quando eles discordam ou não obedecem às suas ordens;
- ● Desrespeitá-los ou constrangê-los na frente de outras pessoas;
- ● Colocá-los em um pedestal e fazê-los pensar que são melhores do que os outros.
Estes são apenas alguns exemplos de erros que pais e responsáveis podem evitar para melhorar a relação com os jovens.
Como vimos ao longo do artigo, a boa relação entre pais e adolescentes é a base para a criação de um ambiente familiar saudável e para, de fato, auxiliar no desenvolvimento positivo do jovem neste período tão desafiador.
Por isso, é essencial manter uma boa convivência, com respeito e confiança mútua. Sendo assim, oferecer o suporte necessário para que seus/suas filhos(as) cresçam saudáveis e sejam bem-sucedidos em suas vidas pessoal e profissional é imprescindível.
Isso inclui, também, o apoio na escolha da profissão, que, sem o manejo correto, pode levar a brigas entre pais e adolescentes. Por esse motivo, é essencial oferecer suporte e ajudar o filho nessa difícil decisão.
Para entender melhor como fazer isso, confira nosso artigo sobre como apoiar seu filho na escolha da profissão.